>Uma corda sobre um abismo…
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Não há uma linha bem definida separando os outros animais de nós. E se é existe é tênue o suficiente para nos confundir o que é do “animal” ou o que faz parte da humanidade. Formigas constroem túneis complexos debaixo dos nossos pés, e nós construímos edifícios… Qual é a diferença?
A pausa para o Café foi demorada, mas estamos de volta…
>Eu, um aglomerado de átomos, a ponderar sobre os átomos que formam eu e você
>É incrível até onde podemos ir com o pensamento. A lógica (que é pensamento, por fim matéria) pode te levar de “A” a “B”, mas a imaginação te leva a qualquer lugar do universo, como dizia o velho Einstein… Precisamos manter a mente aberta, mas a tal ponto de não deixar transbordar o cerébro para fora (Dawkins). Para podermos hipotetizar novas formas de vida, precisamos entender e estabelecer de comum acordo o que é isso, a vida. E já possuímos uma definição, talvez nao satisfatória para alguns, de que a vida como a conhecemos, a única, a nossa e dos outros organismos terrestres, se baseia nos átomos da tabela periódica.

Não é um trabalho fácil não é mesmo? por que ainda não paramos por aí, pois um organismo vivo troca, rouba e devolve energia para o meio ambiente, e também precisa nao somente se replicar (forma uma cópia de si) mas se reproduzir (formar uma cópia de si de forma “autônoma”), um dos motivos dos vírus não entrarem no escopo de seres vivos (pois eles utilizam o maquinário da célula invadida para tal). Esse sistema vivo ainda precisa mudar, sofrer mutações, ou adições e deleções e por fim evoluir.
Aqui estamos, talvez tenha conseguido descrever a forma de vida mais simples de todas, uma bactéria.

>Beleza Marciana
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Também há gelo nas calotas polares, formado por dióxido de carbono, e recentes evidências de água (tive uma felicidade imensa em saber, que precisava comemorar com uma pessoa que mantém diálogos com montanhas agora, lindos e cheios de gagueiras)…
Mas daí surge a pergunta, a ciência, que é um meio de descobrir as coisas, um método especial e muito cuidadoso de conhecer e descrever a sutileza do Cosmos, retira a beleza de Marte? Não, meus caros, só adiciona…
O sonhos de um dia ver o por do sol rosado daquele mundo estranho, suas areias tão antigas quanto nós, e imagine a primeira pegada humana nessa areia fria? não posso, e não consigo pensar que isso não é lindo. E que é belo saber isso.
Mas não precisa ter toda essa explicação minuciosa, cartográfica, psicológica, química para ser bonito.
Descartes estudou os arco-íris, por causa do fenômeno da luz atravessando confusa por partículas de água e poeira na atmosfera? ou será que era por que ele os achava terrivelmente belos? Pense nisso…
(Post de despedida de uns dias, e fortemente inspirado nas palavras do “Dick” Feynman)
Referências e Imagens: Porto do céu. Ny Daily News. Nasa. PopSci. Wikipedia. Física.cab.cnea.gov.ar
>Conversar com as moscas
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“Sabía perfectamente, que los humanos resultan demasiado jactansiosos, que jamás descenderían a conversar com las moscas, a aceptar um terreno neutro em que dialogar de igual a igual, donde pudiera producirse uma desablé transacción de memorya e secretos.”
(Luiz Manuel Ruiz, Él critério de las moscas, Madrid, Suma de Letras, 1998)
Mas penso muito diferente, e carrego as palavras abaixo comigo…
“É muito bom estar entre os que conversam com as moscas e com elas trocam memórias, segredos e assim, descobrem coisas sobre a vida…”
(Prof. Dr. Elgion Loreto da Silva -UFSM)
Imagem: Pop-Ology
>A função da natureza
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A estrutura do universo é matemática pura, linda e compreensível. Mas nos deixa com cara de bobo, e não adianta se perguntar “por que é assim?”. É, somente.