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Desde da era pré-industrial até os dias de hoje, a concetração de CO2 na atmosfera cresceu de 284ppm para 380ppm. O CO2, junto com outros gases (óxido nitroso, metano e trifluoreto de nitrogênio) possuem capacidade de reter calor da atmosfera, sendo por isso chamados de gases estufa. Atribui-se o aumento na concentração dessses gases ao processo de aquecimento global (1 grau centígrado desde o período pré-industrial até agora), isto é, quanto maior a concentração desses gases na atmosfera, maior a temperatura média global.

Um estudo realizado pelo Centro Americano de Pesquisas Atmosféricas (NCAR) que será publicado na próxima semana na revista Geophysical Research Letters aponta que uma concentração de 450ppm de CO2 pode ser uma meta rasoável para estabilização até o final desse século. É claro, esse cenário se realizará se forem colocadas em prática ações de redução das taxas de emissão atual. Se o ritmo continuar como o atual, as previsões são para patamares de 750ppm até o final desse século.

No cenário de 450ppm, a temperatura média global deve sbir 0,6 graus. Menor que os 2,2 graus se mantido o ritmo atual de emissões. O que isso quer dizer? Bem, o aumento de temperatura global já não dá mais para parar.

Quais são os outros impactos? Serão 14 cm de aumento do nível (contra 22 cm com 750ppm) do mar devido a expansão térmica da água do mar, não contabilizando o aumento causado pelo derretimento de geleiras. Outro impacto seria a perda de 1/4 da camada de gelo do ártico e depois a estabilização dessa área até 2100, diferente dos 3/4 de perda e a não estabilização no cenário de 750ppm.

Poupando o ártico, grandes estoques pesqueiros podem ser salvos, bem como populações de aves e mamíferos aquáticos. Porém o resultado que mais me chamou minha atenção foi a redução da precipitação na parte sul dos EUA e um aumento na parte norte. Bem, a parte norte, como sabemos é fria e neva muito. Clima que não é propício para agricultura, diferente da parte sul que possui clima mais ameno. Está me parecendo medo do futuro, mas agora com perigos locais reais e não mais perigos globais. Ainda mais, quando o centro de estudos responsável pela pesquisa é americano e não de outros paises.

Fica aí mais resultados de mais simulações de mais super-computadores. Ainda bem que está vindo por aí mais um relatório de IPCC para juntar e analisar isso tudo. Não querendo dizer que o resultado desse resumão seja mais confiável que qualquer outro.

Fonte: EurekAlert