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Cientistas descobrem como são “feitas” as memórias duradouras

Após uma semana sumida devido ao mergulho no trabalho… Estou de volta com uma novidade que pode trazer soluções para a falta de memória – e doenças relacionadas. Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, descobriram o mecanismo que controla a capacidade do cérebro de criar memórias duradouras.
Explicando de maneira simplificada… Os cientistas usaram ratos geneticamente modificados – com um gene extra – para as experiências. Eles conseguiram “ligar” e “desligar”, por meio do gene receptor com a adição de um aditivo na água dos ratinhos, a capacidade dos animais formarem essas memórias.
Quando o gene extra foi “desligado”, os ratos mantiveram a capacidade normal de formar memórias de longo prazo. Assim, os pesquisadores desconfiam que a inativação do gene é importante para a criação desse tipo de memória.
“Sabemos que o abalo pode fazer com que alguém esqueça os eventos que ocorreram na semana antes da lesão – o que chamamos de amnésia retrógrada -, embora possa lembrar de eventos que aconteceram antes de uma semana. Acreditamos que isso coincide com nossos resultados”, disse Alexandra Karlén, uma das cientistas envolvidas no estudo.
A capacidade de converter novas impressões sensoriais em memórias duradouras é a base para toda a aprendizagem do ser humano. Mas, segundo a instituição, pouco se sabe sobre os primeiros passos desse processo – aqueles que conduzem algumas horas a memórias duradouras. E menos se sabe sobre como as mudanças químicas nas sinapses – ligações entre as fibras nervosas – são convertidas em memórias duradouras armazenadas no córtex cerebral – a camada mais externa do cérebro.
Os pesquisadores esperam que os resultados sejam úteis no desenvolvimento de novos tratamentos para perda de memória – como derrames e os relacionados com a doença de Alzheimer. Os estudos foram conduzidos em colaboração com investigadores americanos do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA, em inglês).
A pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of National Academy of Science (PNAS). Para saber mais, leia aqui – em inglês.

Um em quatro machos sofre com ejaculação precoce

Não se reprima. Um em cada quatro homens brasileiros vivencia a ejaculação precoce. Quadro no qual o indivíduo ejacula rapidamente, sem que seja possível estabelecer um controle voluntário. A EP, como é conhecida entre os médicos, é responsável por 40% das queixas feitas nos consultórios de terapia sexual.
A maioria dos pacientes é formada por homens casados ou com parceira fixa. “Usualmente, eles levam cerca de quatro anos após os primeiros sintomas para procurar um especialista”, afirma Evandro Cunha, médico do Hospital Urológico de Brasília.
Sem possibilidade de prevenção, a alteração – que afeta de maneira drástica a vida sexual e, consequentemente, a auto-estima do homem – divide-se em duas categorias: de origem primária, que se inicia quando acontece a primeira relação sexual na adolescência; e de origem secundária, que surge repentinamente na maturidade, em homens que anteriormente não apresentavam a disfunção.
Cunha explica que quadros de ansiedade e de depressão estão ligados à EP de origem primária e secundária. “Caso o quadro se torne crônico, é essencial acompanhamento médico”, diz.
Em geral, o tratamento consiste na associação de medicamentos e psicoterapia podendo, de acordo com a resposta do paciente, ser um ou outro isoladamente. “Não existem tratamentos alternativos”, afirma o médico. Assim, é benéfico gerenciar o estresse e a ansiedade para não causar ou piorar o problema.

Alimentar corretamente o bebê pode evitar doenças

Hoje é o Dia das Crianças! Parabéns para todas as crianças!
Seguindo o tema… De acordo com Raquel Rego, pediatra com especialização em nutrologia – obesidade infantil – da clínica Asinelli, os primeiros anos de vida do bebê são decisivos sobre a saúde que ele terá quando se tornar adulto. Doenças como a hipertensão arterial e a obesidade podem ter raízes na alimentação inadequada no início da vida.
O sal é um elemento central na questão. O primeiro ano de vida é o mais sensível à ação do sódio, parte principal na composição do sal. Antes de fazer seu primeiro aniversário, a criança ainda não está em plena condição de metabolizar essa substância, nem seu paladar está amadurecido o suficiente para sentir o sabor. “Invariavelmente, os pais que procedem assim fazem seus filhos ingerir muito mais sódio do que o recomendado. Esse é o primeiro passo para desenvolver problemas de pressão arterial no futuro”, explica a médica.
Estudos demonstraram que lactentes – bebês de zero a um ano de idade – que recebem o leite de vaca também podem apresentar hipernatremia – aumento de sódio no sangue. Isso ocorre devido ao aumento da carga metabólica imposta pela elevada concentração de solutos – sódio, potássio, cloro e proteína – sobre a função renal ainda imatura.
A especialista, parceira do nutrólogo Maximo Asinelli no tratamento da obesidade infanto-juvenil, diz que o leite de vaca ainda pode gerar sobrepeso devido a grande quantidade de gorduras, ainda mais quando misturado ao açúcar. O quadro pode piorar quando os bebês nascem prematuros ou com peso muito baixo do ideal, acarretando distúrbios metabólicos e crescimento desproporcional.
“A alimentação correta é imprescindível no início da vida. Nos seis primeiros meses, seu único alimento é o leite materno, nada mais. O problema é que muitos pais ignoram isso, acham que não é suficiente”, afirma a pediatra. A natureza é sábia, meus caros.

Mulheres sofrem mais com problemas de visão do que homens

Tudo a gente! Tudo a gente! O levantamento “Mulheres e Visão: por que elas sofrem mais?” realizado pelo Healhty Sight Institute, iniciativa da fabricante de lentes Transitions, aponta que 60% das mulheres contra 40% dos homens são atingidas pela catarata. Além disso, nós apresentamos mais problemas como olho seco e erros refrativos – miopia, hipermetropia e astigmatismo. O estudo foi realizado com 1007 brasileiros – 598 homens e 409 mulheres.
Mas por que nós? Segundo a empresa, não há um consenso sobre os motivos. O que já se sabe é que uma parte da culpa é dos… hormônios! A menopausa, por exemplo, influencia diretamente na visão. Neste caso, a baixa produção de hormônios como estrogênio e testosterona provoca o olho seco. Por sua vez, isso diminui a produção de lágrimas e leva ao aumento de problemas visuais.
A gravidez também causa alterações que podem levar ao aumento da pressão intraocular. Por conta disso, a córnea diminui a sensibilidade, aumenta espessura e muda a curvatura. A situação provoca intolerância às lentes de contato, muda a refração – o grau dos óculos – e outras alterações reversíveis. Outro detalhe, talvez por vaidade, é que as mulheres têm tendência a utilizar menos as lentes de contato e os óculos. Assim, apresentam maior comprometimento visual.
“As mulheres também se preocupam menos com os cuidados com a visão. Elas precisam entender que frequentar o oftalmologista uma vez por ano é tão importante quanto ir ao ginecologista ou ao dermatologista”, diz Denise Fornazari, coordenadora do Núcleo de Prevenção à Cegueira da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As dificuldades visuais femininas e a falta de informação sobre o problema fizeram com que a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolhesse a prevenção da cegueira entre as mulheres como o tema central da campanha do Dia Mundial da Visão, 8 de outubro. Alerta: dois terços de todos os casos de cegueira no mundo ocorrem em mulheres, informação da OMS.
Obs.: Esta semana continuo com as histórias da viagem. Aguarde!

Dica para prevenção de gravidez na adolescência

Esta semana está cheia de datas alertas… Hoje, dia 26 de setembro, mais de 70 países da Europa, América Latina e Ásia participam do dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência. A data é promovida por organizações não governamentais e sociedades médicas internacionais com apoio de marcas farmacêuticas. Este ano o tema é “Sua Vida Sua Voz”.
A organização internacional Population Council, a empresa Bayer, o canal Futura, entre outros, lançaram o site Viva a Sua Vida, clique aqui, com informações sobre o risco de engravidar. E como lidar com algumas situações simples, mas que a falta de experiência impede uma melhor posição.

Álcool em gel resseca as mãos

É verdade.
Um belo dia, antes da gripe suína fazer parte do nosso repertório, fui à dermatologista. Para mim, tinha feito uma belíssima compra. Toda vez que ia a shows ou locais com aquele banheiro químico instalado, reparava na solução para limpar as mãos. Era álcool em gel. Achava prática a ideia. Adorava.
Até que comprei um potinho do álcool na farmácia. E mostrei toda orgulhosa da boa limpeza para a dermatologista. Ela respondeu: “Se você reclama de mãos ressecadas, usar o álcool vai piorar a situação”. Meu objetivo era ter o mínimo de higiene quando os banheiros não disponibilizavam sabonetes líquidos ou antes de comer nos restaurantes.
Continuei usando o álcool, sem a paranóia atual. Mas a solução é sempre, toda vez que passar o álcool, esperar secar. Depois, claro, passar um creme para as mãos. Simples assim. Melhor prevenir duas vezes, do que remediar.

Um verdadeiro relato sobre a gripe suína

Numa dessas manhãs de sábado ensolarado, tomei coragem. Encarei a multidão na rua 25 de Março – uma via onde as lojas vendem de tudo, mesmo, e mais barato que no resto de Sampa. A visão da Ladeira Porto Geral, que desemboca na rua, era desoladora. Muita, muita, muita gente se espremia entre lojas, vendedores ambulantes, carros e motos. Respirei fundo, coloquei a bolsa colada em mim e me joguei em um dos ciclos do inferno de Dante.
Eram três horas para comprar tudo o que mentalizava, antes dos estabelecimentos fecharem. Não tinha tempo para delongas. Mas, entre uma loja e outra, reparei que algumas pessoas andavam pela rua com máscaras. Sem dúvida, na esperança de naquele mar de gente não pegar a gripe suína. Como se isso adiantasse para alguma coisa.
Após duas horas no tumulto, paramos para comer – outra destemida estava comigo. Aquelas pessoas que caminhavam de máscara, por ironia, pararam para comer na mesa em frente à nossa. Isso, na praça de alimentação de um shopping da região. Praça de alimentação lotada, diga-se.
Os mascarados abaixavam a máscara para fazer o pedido. E tiravam na hora de comer, claro. Deixavam em cima da mesa. Nesse momento, me perguntei: “O que as pessoas têm na cabeça, além das máscaras?” Sem dúvida, nenhum conhecimento sobre o assunto. Se tivessem com a gripe ou com medo de pegá-la, jamais deveriam ir àquela concentração de vírus, bactérias e outras perebas tudo ao mesmo tempo.
Com um ponto de interrogação encima das minhas madeixas, voltei para as compras. E depois peguei meu carro – tinha deixado no estacionamento próximo à famosa Ladeira Porto Geral. São Paulo tem de tudo. Até mascarados na 25 de Março.

Comprovado: ar da balada melhorou depois da Lei Antifumo

Conheço uma DJ foférrima que, antes de toda essa discussão sobre cigarro em ambientes fechados, me falava que se preocupava com a própria saúde. “Passo muito tempo em baladas fechadas, com muita gente fumando”, dizia ela. Mulher sabe mais que homem. Se a roupa voltava fedendo cigarro, imagine nossos cabelos… Assim, ela tentava manter uma vida mais saudável possível – e evitar esses lugares quando desnecessário.
Agora, uma pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde com 50 garçons e clientes em casas noturnas de São Paulo revelou que bastava uma noite em um ambiente fechado para que um não-fumante atingisse níveis de monóxido de carbono no pulmão equivalentes aos de fumantes. Uma semana depois da implantação da nova lei, os pesquisadores voltaram aos locais, “testaram” 30 não-fumantes e constataram a mudança.
Desta vez, os resultados mostraram índices baixos de monóxido de carbono no pulmão dos não-fumantes do início ao fim da noite. Em algumas pessoas, esses níveis baixaram mais ainda. Como o caso de um garçom que mora com três fumantes. Chegou ao trabalho, uma casa noturna, com 10 ppm – partes por milhão: 1 ppm é uma molécula entre 1.000.000 – de monoxímetria – níveis de contaminação por monóxido de carbono. Passadas duas horas, o índice baixou para 4 ppm.
Na primeira pesquisa, os resultados revelaram que em todos os casos houve aumento na medição de monóxido de carbono. Em 65% das pessoas, após algumas horas de exposição à fumaça do cigarro, os não-fumantes já tinham níveis similares ao de fumantes.
No levantamento mais recente, dos 30 testes realizados, 23 mostraram oscilação mínima na monoxímetria, entre dois pontos para mais ou para menos. Quatro casos tiveram uma oscilação superior a 3 ppm para cima  -o que pode ser explicado pelo entra-e-sai dos garçons na cozinha, diz o governo. E outros três casos mostraram queda superior a 5 ppm.
Não sei se essa mostra pode resumir todos os estabelecimentos do estado – creio que não. E muito menos onde foram coletados esses dados. Mas não deixa de ser interessante. Se quiser saber mais sobre a Lei Antifumo, clique aqui. “É proibido fumar, diz o aviso que eu li. É proibido fumar, pois o fogo pode pegar”, cantarolo.